Semana Africana de Vacinação começou na sexta-feira, mesmo quando a pandemia do COVID-19 estava causando interrupções significativas nos esforços de vacinação e na vigilância de doenças evitáveis por vacina no continente.
O tema da Semana Africana de Vacinação de 2020 é #Vacinas Funcionam para Todos. A campanha se concentrará em como as vacinas – e as pessoas que as desenvolvem, entregam e as recebem – são heróis trabalhando para proteger a saúde de todos, em todos os lugares. A iniciativa – visa promover o uso de vacinas para proteger pessoas de todas as idades contra doenças.
Surtos de doenças anteriores e emergências humanitárias enfatizaram a importância de manter serviços essenciais de saúde, como a imunização. Mesmo breves interrupções das atividades de vacinação aumentam a probabilidade de ocorrência de surtos, colocando crianças e outros grupos vulneráveis em maior risco de doenças com risco de vida.
A África tem experimentado um ressurgimento do sarampo. As campanhas preventivas de vacinação em massa contra o sarampo no Chade, Etiópia, Nigéria e Sudão do Sul foram suspensas por causa da COVID-19, deixando desprotegidas cerca de 21 milhões de crianças que teriam sido vacinadas.
“Embora a complexidade e a amplitude da resposta ao Covid-19 sejam sem precedentes, devemos continuar a proteger as crianças africanas contra doenças evitáveis por vacinas”, disse o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África. “Não sejamos pegos de surpresa pelo COVID-19 e baixemos a guarda contra o sarampo e outras ameaças infantis.”
A OMS desenvolveu novas diretrizes sobre imunização no contexto da COVID-19 que enfatizam a necessidade de uma abordagem dinâmica. Eles recomendam que os países suspendam temporariamente as campanhas preventivas de vacinação em massa, mas instam os países a priorizar a continuação da imunização de rotina de crianças como uma prestação de serviço essencial, bem como a vacinação de adultos, como a influenza, para grupos de maior risco.
A condução de campanhas de vacinação em massa de resposta a surtos exigirá uma análise cuidadosa de risco-benefício caso a caso. Por exemplo, os países sob bloqueio total podem não conseguir implementar totalmente os serviços de saúde de rotina em todos os locais, portanto, podem optar por ampliar preventivamente os serviços de rotina antes do anúncio do bloqueio total ou aumentar assim que o bloqueio terminar. Se os serviços de imunização devem ser suspensos, as vacinações urgentes devem ser reagendadas o mais rápido possível, priorizando as pessoas de maior risco.